Por André Debevc
Posava toda sua naturalidade mansa com sossego felino, abrigada e preguiçosa, numa tarde de chuva sem relógio ou celular por tocar. Quase nua, sorvia o silêncio e esculpia movimentos quase em camera lenta (com trilha sonora claro), com a tranquilidade de quem vive um segredo. Abria sua intimidade pra ele como quem folheia, sem cerimônia nem pressa uma revista antiga, em sala de espera. Insinuações sempre são melhores que o escracho, dizia jogando dissimulada. E assim, fingindo não sentir lá no fundo nem um pouquinho de tesão, ia doando o que ninguém nunca poderia colecionar ou reunir: os melhores de seus fragmentos.
terça-feira, fevereiro 17, 2009
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4 comentários:
Que delííííícia! Tava com uma saudade disso, ops, desses seus escritos...
Relógio? Celular? Hein? Onde?
Ai as tardes de chuva...
Perfeito.
oba, vc voltou! E com forca total... Adorei os textos.
beijos
milenamb
Cada palavra é simplesmente apaixonante *--*
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