Por André Debevc
Agora,
vamos às ilusões coletivas,
às momentâneas faltas de caráter,
ao mergulho da saudade precoce.
Vamos aos braços das lágrimas doces,
nos rendamos ao apelo mais milenar de nossos instintos animais.
Falesmo de palavras que calam e de gestos que consentem.
Suspendamos, assim nesse ar onírico,
as mais maliciosas ilusões
no piscar mais vacilativo do segundo de cansaço.
Paremos de beber antes mesmo de começar,
renunciemos agressões gratuitas
e guardemos para nós alguma conclusão inútil.
Já é tempo de morder o mundo com esses caninos afiados,
já é hora de passar-lhe a língua no lábio superior.
Os dias não vêm pré-fabricados
e ninguém sabe sua cota de alegrias nem de dor.
quinta-feira, julho 09, 2009
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3 comentários:
Que coisa mais forte.
Denso. Verdadeiro. Quero ler este texto mais vezes.
Me lembrou Álvaro de Campos... que amo...
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