Por André Debevc
Gosto dos tons cinzas da chuva no Arpoador, as gatas vira-latas pingadas no parque, um domingo insistente de pés descalços nas pedras pichadas. Entre o asfalto e o morro às vezes o Rio é calmo, às vezes o Rio é morno (feito o mar em dia de chuva), mesmo quando não se vê o fim do Leblon. Aprendizes de flanelinhas ganham um trocado por fingirem deixar a chuva de lado. Eu acelero e nego o parentesco inexistente de quem corre em direção ao meu espelho retovisor. Apesar de tudo, ainda gosto do Rio. Balas perdidas que não me encontram, violência que vacila e desiste (ainda bem) em me vitimar. Consigo gostar do Rio sempre, um eterno caminho entre a favela e o mar.
sexta-feira, maio 27, 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
Puro empirismo: Em dia cinzento, o Rio fica ainda mais verde.
Pois bem. Dizem que sou "a paulistana mais carioca que existe". Deve ser por isso que entendo todo esse amor.
Beijo.
Meu Rio de Janeiro é bonito sempre. Amo tantas coisas no rio, sinto tanta falta do Rio. E do sabor de seus frutos.
Muito bom!
Geralmente o cenário carioca da Isabel e do Pedro é assim.
Nosso enterno Rio...
Postar um comentário