Por André Debevc
com a ponta dos dedos
te domo
te cativo
te amanso
te desarmo
da urgência da fuga
da inquietude de quem desconfia
do incômodo de quem não se entrega
passeio despretencioso e desavisado
sem alvo maldade ou pretensão
enquanto você me permite sua tensão sua pele
confiando segredo e cumplicidade
me permitindo ganhar até
uma certa intimidade
com sua maciez e seu calor
e aí
com a ponta dos dedos
te desato
nós e confissões
te acalmo
em braile
te tenho quase perto
abrindo as mãos
quinta-feira, agosto 09, 2012
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Um comentário:
lindo, como sempre :)
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