Por André Debevc
O presente que trago para lhe dar é pessoal e intransferível. Nada de cheques nominais nem títulos da bolsa dos meus valores, apenas uma ilustração em cores de um desejo cultivado. Peço que seja guardado num lugar seguro totalmente livre de atentados. Preciso de sua cumplicidade, uns segundos de eternidade, o caminho inquieto da verdade. Talvez minha boca só sossegue ao sabor da sua, pode ser que as superfícies de nossas línguas se reconheçam de outras histórias. Que importa? O beijo que guardo para você foi amadurecido em barris centenários durante guerras e outros carnavais. Um segredo tão simples que seu consentimento sela silencioso para que que passe ao terreno da realidade um gesto pensado há milênios. Trago entre minhas palavras um presente que você não devia recusar.
sexta-feira, maio 27, 2011
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4 comentários:
Simplesmente inadjetivável.
Beijo, moço.
Tão bonito. Adoro guardar as pequenas coisas e protegê-las de atentados. Muitos deles domésticos. Acontecem quando se racionaliza o passado e se nega o presente. (Eu quis dizer o presente que é o presente hoje, atual).
Muito bom!
Amei!!!!
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