Por André Debevc
na tarde de gotas de chuva que mais parecem pães de queijo,
um pacote de biscoito familiar me planta um sorriso mais longo.
estou em são paulo e a garoa bombada achou o endereço de casa
depois de um mês de férias em algum lugar lá pro sul.
debruçado sobre meu itunes repleto de novas aquisições
escalo a tarde driblando o sono,
enquanto o ponteiro pequeno do relógio não chega no sete,
criando idéias pra vender e pagar o aluguel.
e em meio ao pantone de cinza emoldurado na janela,
um biscoito Globo aparece do nada e me sorri,
me fazendo fechar os olhos e lembrar da praia, do Rio,
e de um cara que sou lá naquele universo paralelo
onde o vento bate depois de saltar as ilhas cagarras
e as palmeiras imperiais me mostram que estou em casa.
nada como um biscoito na chuva para fazer o sol bater forte na alma.
Biscoito Globo doce, claro.
porque de salgado já me basta o peito.
regado e sempre morrendo de saudade
da água do mar.
quinta-feira, agosto 07, 2008
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6 comentários:
lindo demais!
Lindo e poético as always!
Adorei!
Olha o Mate! Bixxxcoito Globo! Que saudades de Ipanema, Poxxxto 9 1/2, coqueirão... E claro, do sotaque chiado na minha orelha...
então volta....
Ai que saudadeeee...chega a doer! Lindo meu amigo, adorei!!
Que lindo! Adorei!
Me identifiquei tanto...hehehhe.
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