terça-feira, abril 22, 2008

A Blueberry Life

Por André Debevc

Cores saturadas, movimentos laterais em camera lenta e muitos silêncios. Lembranças são assim, peças órfãs e granuladas de quebra-cabeças sem trilha sonora ou frases de efeito ricocheteando pela eternidade. Finais que não engolimos e chaves de portas que fecharam, perdidas em um jarro de vidro onde nadam histórias contadas por um só lado. Ninguém ensina a gente na escola a ser deixado. Mas se a gente deixar, o mundo até gosta que a gente se reinvente.

6 comentários:

Anônimo disse...

Boa deve ser ter a companhia de um colega de trabalho que vê, sente e sabe aproveitar esse lado blueberry da vida, hein? A Fla deu a dica e eu agora vou bater nessa porta sempre que puder. Parabéns, André.

Vanessa disse...

"Finais que não engolimos e chaves de portas que fecharam, perdidas em um jarro de vidro onde nadam histórias contadas por um só lado. Ninguém ensina a gente na escola a ser deixado". Simplesmente fantástico!

cinthia disse...

e pra onde vai a saudade? a falta do cheiro, do sorriso, dos comentarios, da cara de surpresa, do braço apoiado no meu ombro p me intimidar?! nao somem.. ficam na memoria em preto e branco. e o pior, sumisso sem explicação.. deixando as desculpas para eu inventar. dói... mas passa. e a gente ainda assim arrisca td a dor premeditada em novas desventuras em série. faz parte. beijoca

Camila Dayan disse...

"Ninguém ensina a gente na escola a ser deixado. Mas se a gente deixar, o mundo até gosta que a gente se reinvente".

Muito bom. Caí aqui por acaso, mas talvez não seja por acaso que eu volte.

Abraço.

Anônimo disse...

Adorei esse filme!
Seu texto ta foda!
Beijos

Vanessa disse...

Assisti o filme lembrando desse texto. Tive que voltar aqui. Confesso que agora gosto ainda mais dele.