quarta-feira, março 14, 2012

(sem título - 1999)

Por André Debevc

Jogo de palavras,
ensaio levemente delineados do desejo,
lábios se mordem se fitam de longe,
olhos que jogam trocando suas profundidades e
tons castanhos que investigam cada traço do rosto.
Expressões e sorrisos mapeados
em hora que parece continuar além dos minutos.
Iminência de risco,
a inevitável conclusão nos ronda
e num cinismo deslavado de bom humor
fingimos não sabermos bem o que fazemos. Jogamos.

A cada dia
minha boca fica mais perto da sua,
até estar dentro dela.
Talvez a inconseqüência voe por sobre as mesas
ou te ache numa esquina cinza do centro.

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