quarta-feira, novembro 13, 2013

Distância cúmplice (NY/1999)


Por André Debevc

cultive por mim uma paixão distante, dessas em preto-e-branco, completamente entregue, justificando seu eu seu eterno amante. aproveite que ando longe, sem promessa de volta, e nutra por mim uma drástica paixão. veja como essa impossibilidade nos une! chore lágrimas singulares daí, que eu aqui prometo que andarei como se carregasse uma dor única de saudade. escreverei cartas dramáticas dissecando uma rotina frustrada pela sua eterna ausência. viverei com um olhar perdido, de coração amputado, anestesiado na errante realidade que não renova nosso estoque de beijos. a você, caberá apenas uma alma vazia quando se jogar nos braços de outro e não me encontrar. e se algum dia eu resolver voltar, prometo antes ligar. só pra gente acabar esse amor. e sempre poder lamentar. que nada era mais como antes.  

Um comentário:

Diogo.. disse...

cara bacana suas crônicas gosto de ler e me arrisco escrever algumas coisas mas tenho vontade de escrever um livro sei que preciso aprender muito ainda mas também sei que tenho potencial abraço gostei do que acabei lendo