terça-feira, janeiro 15, 2008

Imperma o quê?

Por André Debevc

A paz de vê-la dormindo o fazia suspirar mais fundo na companhia singela de um sorriso, destes do tipo doce, mas sem qualquer sinal de dentes. Covinhas leves na bochecha talvez. Brilho de felicidade nos olhos talvez. O calor da mão dela largada quase inconsciente sobre seu peito, subindo e descendo em longos movimentos quase letárgicos, trazia uma sensação de paz e complitude que sua alma nunca tinha experimentado. Em tardes assim, com a luz sumindo pela janela de sábado, a impermanência – tanto lembrada pelos budistas - parecia brincar de mágica de desaparecer para sempre. Dentre os mil mais de mil segredos que ela guardava, esta era apenas mais uma de suas espetaculares habilidades. Destas do tipo que o faziam achar que ele podia ser muita coisa. Até mesmo o homem mais feliz do mundo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Adoro as suas cronicas!
xD
;***