quinta-feira, novembro 06, 2008

Plano de Fuga

Por André Debevc

A curva do seu peito que meio sem jeito finge que não quer pular na minha boca, escapa ali pelo seu decote tímido liquidando toda atenção que eu podia ter por qualquer outra coisa. Engulo dissimulação seca desviando os olhos pra você poder passar horas brincando de musa sem nunca precisar publicamente perceber minhas retinas e ajeitar a blusa, tirando minha visão abençoada do seu peito direito. Conto penugens, cumprimento um a um os poros, encontro pintas, investigo o relevo, imagino textura e crio cheiro. Tudo sem que, infelizmente, você tenha a alegria de ver meu sorriso mais safado e faceiro (daqueles que guardo só pra ocasiões especiais e moças mais ainda). Hoje moça, vou lembrar da curva do seu peito quando deitar no travesseiro. Mas aí, vou saborear seus seios por inteiro. E sentirei temperatura, bicos e auréolas sem pressa nem desnecessário sutiã trapaceiro. Mas até la, vou derrapar na reveladora linha curva do seu decote, rezando a cada minuto pro seu peito dar um pinote e vir parar sorrindo na minha boca.

2 comentários:

Vanessa Dantas disse...

É automático - basta percebermos a retina alheia para ajeitarmos o decote, a blusa.

Tão gostoso que deu até calor...

Elisa Quadros e Valeria Semeraro disse...

quem nunca passou por isso?
delicado e sexy.