segunda-feira, julho 06, 2009

Dúvida constante

Por André Debevc

Quando te beijo de novo?
Faz tempo que meus sentidos
não concebem o seu gosto,
e muito a contra-gosto acabo brincando comigo mesmo,
invento desculpas sem sentido nem rima
sem ficar paralisado e atento
algenado pelos seus olhos acinzentados.
Então na escalada das horas vasculho perfumes,
me embriago em saliva, mas nada me salva...

Noites insossas
não rendem lábios sempre doces,
e a cumplicidade de nossas bocas
até finge...
mas não aparece em qualquer esquina.

2 comentários:

maria disse...

Compreendo.

:)

maria disse...

Continuo pensando neste poema. Pior (ou não, vai saber), nem tenho andado por outras esquinas.